quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Seja leve!




Ser leve não tem nada a ver com estar em paz com a balança.

Ser leve é um estilo de vida!

 Tem mais a ver com a intenção do seu coração, com a saúde dos seus pensamentos e com a sabedoria das suas escolhas!

Tem a ver com não querer ter sempre a razão e se permitir errar sem culpa, mas com a certeza de que estará mais atenta da próxima vez.

Tenho buscado diariamente adotar essa forma "leve" de viver a vida e de me relacionar, mas confesso que tem dias que o "peso" de antigos padrões e crenças me impedem de seguir adiante com a rapidez que eu gostaria, mas...

...escolho prosseguir, escolho buscar leveza e escolho estar disposta a rever tudo aquilo que atravanca, que me engessa e que me paralisa.

E você?
Como tem escolhido ser?

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Para entender a TPM




Se tem um assunto que praticamente 100% das mulheres conhece é a temida TPM. Se você nunca passou por isso, sua amiga, irmã, filha ou prima já. Apesar de ter gente pensando que tu do não passa de frescurinha feminina, a tensão pré-menstrual é uma realidade na vida de muitas meninas, sim.
Mas, apesar de popular, algumas pessoas não sabem o que exatamente é a TPM. Então, vamos às informações. Ela é resultado de um desequilíbrio hormonal que ocorre no período pré-menstrual, que começa no 14º dia do ciclo. Durante esse período, há um aumento dos níveis de estrogênio e progesterona, o que causa uma série de sintomas físicos e emocionais.
Fiquei impressionada quando soube que já foram registrados mais de 150 sintomas relativos à TPM. Enter os mais recorrentes estão dores de cabeça, alterações no humor, aumento do apetite, nervosismo, enjoo, mal-estar e retenção de líquidos. Sabem o que descobri? Eu estou na idade em que esses sinais costumam vir com mais força, entre os 30 e 40 anos. Isso porque é nessa fase que os hormônios estão mais desequilibrados.
Para diminuir os sintomas, devemos evitar doces, refrigerantes e café ou produtos à base de cafeína, pois eles excitam e aumentam a ansiedade. Além disso, o ideal é investir em atividades físicas, já que elas ajudam a diminuir o estresse.

Fonte: Gineco

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Vamos parar de fumar?




Atualmente 20 milhões de brasileiros  fumam. Isto equivale a 15% da população entre 15 e 75 anos. Portanto este número pode ser maior, visto a precocidade do contato com o cigarro.  Duzantos mil brasileiros morrem por ano em decorrência de doenças correlacionadas diretamente com o fumo. A campanha anti-tabágica ganha então, uma enorme dimensão, já que todas estas mortes podem ser previnidas.
No Brasil e em outros países, de niveis sócio-econômicos iguais ou maiores, existe uma tendência de declínio no uso tabágico. Atualmente temos mais ex-fumantes do que usuários em nosso país, mas a indústria tabageira expande-se para países mais pobres da Ásia e África e portanto o número de fumantes no Mundo ainda não teve queda  importante. Não estamos aqui, entretanto, para esgotar estatísticas e muito menos discorrer sobre os malefícios do cigarro. Estes são fatos. Basta saber que não existem níveis mínimos seguros para o uso do tabáco, assim como a relação do uso desta substância com maior incidência de câncer é evidência  A (95% das neoplasias pulmonares, por exemplo). Só existem 15 substâncias que a OMS correlaciona diretamente com o Câncer e o cigarro está entre elas.
Quando fui convidado a escrever para este blog, inicialmente estava disposto a fazer ponderações sobre como se dá o intercâmbio entre nós, médicos e psicoterapeutas. Sei que muitas vezes os médicos são prepotentes na detenção do conhecimento e que são vistos como pouco tolerantes ao diálogo, ao contrário dos psicólogos, que seriam muito abertos, ficando no plano do discurso por um longo tempo, se tornando  um processo demorado e de pouca aferição de resultados. Isto só para começar a polemizar. Logo me veio O Tratamento Anti-tabágico como um tema no qual encontramos uma enorme interseção de interesses, por isso decidi tratar objetivamente do tema proposto, para que possamos pisar num terreno onde, de fato, somamos ao estarmos juntos. Está em nossas mãos combater esta guerra, mas como fazê-lo?
Sabemos que só ouvir um aconselhamento profissional, de qualquer área, para que se pare de fumar, faz com que cerca de 1 a 3 % dos fumantes parem de fumar. Cabe então perguntar: nós aconselhamos aos nossos pacientes a parar de fumar? Numa pesquisa recente, 60% dos pacientes de cardiologistas negaram que estes os tenham investigado a respeito do hábito tabágico.
Estar atento ao problema faz com que tenhamos uma atitude pró-ativa para com ele. Uma vez determinado que o paciente fuma, podemos tomar iniciativas para ajudá-lo. Aqui vale uma ponderação sobre nossa primeira consulta com um paciente, já que nela se estabelece os vínculos de confiança e afeto tão importantes para que a relação se dê de forma plena. Conseguir o maior número de informações sobre aquela pessoa nos fornece material  precioso,  tais como grau de dependência a nicotina ( Questionário Fagerström),  nível motivacional (estágios de Prochaska e DiClemente), com quem o  paciente pode contar e etc... Somente a posse detes dados nos permite traçar uma estratégia eficaz.
Outro dado já confirmado é que a multi-disciplinaridade no tratamento contra o fumo aumenta a chance de sucesso. Quando temos envolvidos médicos, psicólogos, nutricionistas, enfermeiros, fisioterapeutas e outros, conseguimos fazer com que um maior número de pessoas abandonem seu vício. A participação de mais de um profissional ajudando o fumante a parar, tem mais eficácia que o uso de medicação ati-tabágica isolada. Isto se dá pela maior eficácia do aconselhamento, tornando-o maior e mais acessível ao paciente.
Existem drogas disponíveis no mercado brasileiro, indicadas ao tratamento anti-fumo. A saber:
·        Terapia de reposição nicotínica – Adesivos, gomas e pastilhas;
·        Bupropiona – antidepressivo que impede a recaptação de serotonina aumentando seus níveis no SNC, mimetizando a estimulação nicotínica.
·        Vareniclina – uma molécula semelhante á nicotina capaz de competir com esta por seus receptores, promovendo alguns de seus efeitos.
Estas drogas vêm sendo usadas com sucesso relativo, possuem suas indicações e posologias precisas, mas o que tem aumentado o número de tentativas de parada assim como o nivel de abstinência prolongada em ex-fumantes  é a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC).
 Este tipo de terapia se orienta no problema atual do paciente (fumar), analisando os fatores de vulnerabilidade (predisposições), seus fatores desencadeadores (gatilhos) e mantenedores. Por se concentrar no problema atual (fumar) é orientada por um objetivo definido (parar de fumar e continuar abstêmio), sendo muito mais voltada para a ação ao invés da simples tomada de consciência (insight); não se atendo ao problema mas se expandindo pela vida diária do paciente, que sabe exatamente seus objetivos assim como as ferramentas para alcançá-lo, acentuando a responsabilidade do próprio paciente no processo terapêutico fazendo com que ele se esforce para a manutenção do sucesso de forma constante (parágrafo adaptado dos tópicos de Jürgen Margraf).
Para não ser massante podemos parar por aqui esta primeira discussão sobre o tema, mesmo tendo abordado de forma superficial, justamente, o campo de conhecimento da Psicologia, mas em minha defesa, também não me aprofundei na terapia própriamente dita, pois acho que este tipo de informação pode ser adquirido facilmente em qualquer pesquisa. Prefiro deixar o espaço para a discussão do tema, se assim a alguém interessar.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

As vivências do feto no período pré-natal e seus possíveis impactos sobre o futuro desenvolvimento do ser humano



Muitos estudiosos têm se dedicado a compreender melhor os sentimentos e as ações do feto.

Com a utilização de tecnologias, como por exemplo: ultra-sonografia, ecografia, dentre outras, aprimoraram-se as observações referentes ao desenvolvimento físico-emocional do feto, um ser que sente, tem emoções, experimenta prazer e desprazer, angústia e bem-estar.

Já foi constatado que o feto reage a estímulos, chupa o dedo, dorme e acorda, boceja, soluça, se espriguiça, se coça, esfrega as mãos e os pés, brinca com a placenta e com o cordão umbilical, demonstra desagrado dando pontapés e através de hiperatividade, etc.

Ele ouve os sons internos e viscerais da mãe (ex.: voz, ruídos intestinais, batimentos cardíacos) e os sons do mundo externo de forma “abafada”. A voz dos familiares (mãe, pai, irmãos) é importante para o feto. Contar histórias ou cantar uma música são formas de familiarizar esse ser que, ao nascer, ao ouvir esta mesma voz, a reconhecerá no instante que ouvir aquela música ou história.

 Além disso, o feto recebe influência direta das emoções maternas. Tudo o que a mãe sente, pensa, intui, veicula hormonalmente pelo sangue. Ou seja, ele sente as mesmas emoções sentidas pela mãe. Em determinadas situações, o sistema nervoso autônomo da gestante libera certas substâncias neuro-hormonais (como por exemplo: adrenalina) na corrente sangüínea, que ao transpor a placenta modificarão a bioquímica do ambiente intra-uterino. Essas substâncias lançadas na corrente sanguínea maternal atingem o feto através do cordão umbilical.

Por isso, é interessante que a gestante converse com seu futuro bebê, explicando-lhe a causa de suas emoções positivas ou negativas, se possível, tranqüilizando-o.

Para finalizar, gostaria de citar, resumidamente, um caso observado por Alessandra Piontelli, que estudou a vida pré-natal e seu impacto sobre o futuro desenvolvimento do ser humano. 

Primeiramente, ela recorreu a observação ultra-sonográfica de fetos e continuou com um acompanhamento pós parto no ambiente familiar dos mesmos, com um mínimo de interferência possível.

No decorrer de suas pesquisas, referentes à observação de fetos, Alessandra Piontelli deparou-se com os gêmeos Alice e Luca; eles acariciavam-se no ventre através da membrana divisória e com um ano de idade o seu jogo preferido era o de se acariciarem mutuamente através de uma cortina. Cada um ficava de um lado da cortina da sala, mexendo na cabeça do outro, exatamente como faziam no útero separados pelas membranas dos sacos amnióticos.

Por tudo o que foi exposto, acredito que as vivências do período pré-natal têm forte impacto sobre o feto e conseqüentemente podem imprimir marcas em sua personalidade ou até mesmo desencadear patologias futuras.
Renata Marques
Setembro de 2011
Para quem quiser ler mais sobre esse assunto, recomendo os seguintes livros:
A Caminho do Nascimento - autora: Joanna Wilheim
A Cientificação do Amor – autor: Michel Odent
A vida secreta da criança antes de nascer – autor: Thomas Verny
De Feto a Criança - autora: Alessandra Piontelli
O que é psicologia Pré-natal - autora: Joanna Wilheim
Palavras para nascer – autora: Myriam Szejer



terça-feira, 30 de agosto de 2011

Práticas Narrativas Coletivas: uma forma de Resgate da Lucidez


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Adriana Müller (25/08/2011)

          Eu sempre me encantei com as histórias de vida das pessoas. Por isso, quando, em 2005, eu ouvi Michael White apresentar sua proposta da Terapia Narrativa logo senti ressonância com a estruturação teórica e a posição que o terapeuta ocupa nas conversações: não mais como o especialista, mas entendendo que a pessoa é quem possui todas as informações necessárias para reescrever sua história de vida de uma forma que lhe seja mais agradável.
          Em 2009 o CRESCENT trouxe para Vitória (ES) o workshop “Reagindo às Dificuldades: Práticas Narrativas Coletivas no Trabalho com Indivíduos, Grupos e Comunidades” ministrado por Cheryl White e David Denborough. Este workshop mostrou para mim a possibilidade das ideias narrativas serem aplicadas a grupos de pessoas. Baseada na Terapia Narrativa, as Práticas Narrativas Coletivas seguem quatro princípios básicos:
1)    A dupla narrativa das histórias: existe a história do problema e a história de como a pessoa respondeu a ele;
2)    A ampliação da história: a pessoa constrói conhecimentos mais amplos e ricamente descritos acerca de si mesmo e de sua história;
3)    O vínculo entre individual e coletivo: as experiências individuais relatadas são conectadas a alguma situação coletiva;
4)    A documentação coletiva: forma de contribuir com a vida de outras pessoas que passam por situações semelhantes.
As experiências são sempre belas e produtivas, pois estimulam as pessoas a voltar seu olhar para os aspectos positivos de suas vidas e compartilhar suas descobertas com outros que podem se beneficiar com estes relatos.
Para facilitar este processo narrativo existem várias metodologias, baseadas em diferentes metáforas: o Time da Vida, a Árvore da Vida, a Pipa da Vida, a Despensa da Vida, os Ritmos da Vida – estes dois últimos, criações brasileiras: o primeiro de Lúcia Helena Abdalla e Ana Luiza Novis (Rio de Janeiro) e o segundo, meu (Adriana Müller). Aos poucos posso compartilhar com vocês algumas aplicações destas metodologias.
Para maiores informações, já traduzimos o livro Práticas Narrativas Coletivas: trabalhando com indivíduos, grupos e comunidades que vivenciaram traumas. Além disso, o CRESCENT pretende oferecer um curso de atualização que inclui estas metodologias.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Doenças e sintomas na compreensão relacional sistêmica *



Doenças e sintomas na compreensão relacional sistêmica *


Solange Maria Rosset

Agosto 2011


Quando temos sintomas, doenças, problemas e dificuldades nos encontramos numa encruzilhada: nos colocamos/sentimos como vítimas ou usamos a situação para futuras aprendizagens e crescimento.
Sistemicamente  o sintoma é visto de uma variedade de ângulos e portanto pode ter várias causas, vários desencadeantes e vários encaminhamentos. Tal conceito significa que nenhum evento ou parte de um comportamento causa outro, e sim, que cada um está ligado de uma maneira circular a muitos outros eventos e partes de comportamentos. Estes eventos e comportamentos formam ao longo do tempo padrões constantes e repetitivos que funcionam para equilibrar a família e permitem que ela evolua de um estágio de desenvolvimento para outro. Todo comportamento, incluindo o sintoma, estabelece e mantém estes padrões.
Na visão relacional sistêmica, quando alguém na família apresenta algum sintoma, acredita-se que é porque a família está precisando, naquele momento aprender algum novo comportamento, fazer alguma remodelação no seu funcionamento, ou mudar comportamentos que, mesmo que tenham sido úteis em outra etapa, agora são disfuncionais.
Embora as origens de um sintoma possam estar enraizadas num evento externo, sua persistência indica que ele esta sendo usado pela família em alguma transação que está  ocorrendo.
A funcionalidade de um sintoma  varia de acordo com as circunstâncias, o tempo e o lugar. O sintoma pode servir a funções diferentes, em épocas diferentes, para conjuntos diferentes de relações.   Estes padrões podem ser funcionais e assintomáticos durante um longo período de tempo. Eles param de ser assim se um dos elementos da família  aumenta ou muda a sua posição.
Na medida que aceitamos que o problema reside na interação afastamos uma explicação linear dos fenômenos, de causa e efeito, e nos aproximamos da noção de circularidade e, assim, da responsabilidade compartilhada nos sintomas  familiares.
A tarefa do terapeuta é identificar o padrão particular que está relacionado ao sintoma e encontrar uma maneira de mudar este padrão particular. Esse olhar ampliado ajudará o sistema familiar a se mover para uma forma mais complexa de organização que permita enfrentar melhor as circunstâncias atuais da família.
Esta forma de ver o sintoma sai dos esteriótipos de que o sintoma é algo que deve ser removido, e a conduta sintomática passa a ser vista como uma pista do que precisa ser reorganizado, revisto ou aprendido.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Acreditando na possível mudança do ser humano, sempre!


TÉCNICA DE PINTURA MONOCROMÁTICA COM PACIENTES EM CUIDADOS ESPECIAIS




"SE VOCÊ TRATAR UM INDIVÍDUO COMO ELE É, ELE PERMANECERÁ COMO É. MAS SE VOCÊ O TRATAR COMO SE FOSSE O QUE DEVERIA SER, ELE SE TRANSFORMARÁ NO QUE DEVERIA E PODERIA SER". (anônimo)

Ultimamente tenho refeltido muito sobre a riqueza e importância do que realmente significa essa frase.
Essas pinturas acima foram feitas com os 
PACIENTES EM CUIDADO ESPECIAL (P.C.E). 
O P.C.E é um grupo que já existe a um tempo na Clínica de Repouso Santa Isabel-E.S e que antigamente tinha outro nome: "Grupo de Crônicos", o grupo se trata de internos que por conta de sua doença mental perderam vínculos familiares e sociais e hoje são quase que moradores do hospital.
O nome "crônicos" sempre me incomodou porque me passava a idéia de algo que já não tinha mais possibilidades de mudança, de já ter chegado no final do túnel, só que sem luz alguma.
O nome foi mudado e já há cinco anos ele funciona como o P.C.E.
Ao contrário do que o antigo grupo de crônicos sugeria, alguns internos após árduo trabalho com as famílias conseguiram voltar para casa e outros ainda permanecem na instituição, mas SEMPRE sendo tratados 
"como se fossem o que deveríam ser", quem sabe um dia eles também "possam se transformar no que deveríam e poderíam ser"?